Cena de Madame Satã com personagem usando adereços e gritando

Top 6 filmes com temática LGBTQIA+ gravados no Rio

Que o Rio de Janeiro é cenário de várias produções cinematográficas não é novidade, mas você sabia que muitas produções LGBTQIAPN+ também escolheram a Cidade Maravilhosa como palco? 

Isso mesmo! Entre clássicos e lançamentos recentes, o cinema com temática LGBTQIAPN+ tem uma forte presença no Rio. De filmes independentes a grandes produções, essas obras trazem histórias relevantes e essenciais, indo muito além do entretenimento. Elas nos fazem refletir sobre temas que muitas vezes passam despercebidos pela sociedade e oferecem uma visibilidade única.

Selecionamos 6 filmes imperdíveis que mostram essa outra face do Rio – uma cidade cheia de diversidade, inclusão, resistência e, claro, muito orgulho. Então, já pode separar a pipoca e o refri! 

1. Divinas Divas (2016)

Divinas divas com traje de gala e cortina roxa no fundo

Divinas Divas” é um documentário emocionante dirigido por Leandra Leal, que retrata a trajetória de 8 artistas travestis pioneiras que brilharam na Cinelândia desde os anos 60. Essas artistas testemunharam e viveram o auge da Cinelândia, uma das áreas mais icônicas do Rio de Janeiro, famosa por seus cinemas e teatros.

Nesse cenário vibrante, elas conquistaram o público e desafiaram os padrões sociais da época, vivendo o brilho e a efervescência de uma era marcante. 

O filme mergulha na vulnerabilidade dos corpos trans e na luta diária desses artistas, explorando suas histórias de resistência e talento em um cenário que revolucionou o comportamento sexual e a moral da época.

Em agosto de 2021, Divinas Divas foi incluído pela Vitrine Filmes na edição limitada da caixa de DVDs Cinema Queer, junto com os títulos Tinta Bruta e Música para Morrer de Amor, lançada pela Versátil Home Vídeo.

O filme foi amplamente reconhecido, ganhando prêmios como Melhor Filme no Festival do Rio 2016 (júri popular), no South by Southwest 2017 (júri popular) e no Fest Aruanda 2016 (júri popular).

2. Favela Gay (2014)

Em um dia de sol, cena de favela gay com meninos de apresentando e pessoas ao redor assistindo

Vencedor do prêmio de Melhor Documentário pelo júri popular no Festival do Rio 2014, “Favela Gay” mergulha na vida da comunidade LGBT dentro das favelas do Rio de Janeiro. O filme revela que, enquanto gays existem tanto no morro quanto no asfalto, nas favelas entram em jogo fatores complexos que impactam a vida cotidiana dessa população.

A obra explora o impacto do tráfico, das igrejas evangélicas e da vizinhança, além de abordar temas como homofobia, aceitação familiar e trabalho. Apesar dos desafios, cada personagem mostra como reinventou sua própria história, seja através da música, da dança, da política ou do estudo.

Com uma abordagem diferenciada, “Favela Gay” destaca a luta e a capacidade de transformação da comunidade LGBT, usando a arte e o conhecimento como ferramentas de resistência e recriação.

3. Dzi Croquettes (2009)

Dzi Croquettes maquiados atuando

Dzi Croquettes” é um documentário fascinante que resgata a trajetória dos atores e bailarinos que se tornaram ícones da contracultura ao desafiar a ditadura com uma mistura de ironia e inteligência. O filme foi premiado como Melhor Documentário tanto pelo júri quanto pelo público na Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio.

A obra retrata a chegada de Lennie Dale, um americano que trouxe para o Rio a fusão da bossa nova com o swing do jazz nova-iorquino. Juntos, ele e 13 homens talentosos sacudiram as estruturas sexuais da época, quebraram tabus e transformaram a cena teatral, não só no Brasil, mas também internacionalmente.

Com mais de 45 depoimentos gravados no Rio, Nova York e Paris, o documentário conta uma história cheia de sucessos, fracassos, tragédias e superações, trazendo à tona um capítulo da nossa história cultural que merece ser lembrado.

4. A Rainha Diaba (1974)

Cena de Rainha Diaba com Milton Nascimento com roupas, maquiagem e acessorios e quadro atrás

Com um enredo denso e violento, “A Rainha Diaba” se passa na Lapa e traz Milton Gonçalves no papel de um marginal homossexual que, de dentro de um bordel, controla o crime organizado. 

O filme explora a complexa dinâmica de medo e respeito que o personagem principal impõe enquanto tenta criar um novo bandido para ser o bode expiatório dos crimes de seu amante, que está sendo procurado pela polícia.

A trama é envolvente e prende a atenção do início ao fim. A atuação impressionante de Milton Gonçalves lhe rendeu quatro dos prêmios cinematográficos mais prestigiados do Brasil: o Troféu Candango, o Air France, a Coruja de Ouro e o Governador do Estado.

5. Cazuza - O Tempo Não Para (2004)

Ator que interpreta Cazuza no filme caracterizado do personagem cantando com luzes coloridas no fundo

Cazuza – O Tempo Não Para retrata a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros, desde o início de sua carreira em 1981 até sua morte em 1990, aos 32 anos. O filme celebra sua vida, destacando tanto sua fase com o Barão Vermelho quanto sua carreira solo, e traz as músicas que marcaram uma geração.

Além de emocionar pela coragem de Cazuza em seguir sua carreira mesmo debilitado pela AIDS, o longa foi amplamente premiado, recebendo mais de 10 prêmios por sua relevância e impacto.

6. Madame Satã (2002)

Cena de Madame Satã com personagem usando adereços e gritando

“Madame Satã” é um drama biográfico franco-brasileiro dirigido por Karim Aïnouz, que retrata a vida polêmica de João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã, artista e transformista. Nas favelas do Rio de Janeiro dos anos 1930, João era muitas coisas: filho de escravos, ex-presidiário, bandido, homossexual e líder de um grupo de párias.

Em meio a essa realidade, ele encontra no palco de um cabaré sua principal forma de expressão, transformando-se na icônica travesti Madame Satã. O filme também captura a efervescência cultural do Rio, especialmente nos arredores da Lapa, onde João testemunhou o auge de uma cidade em transformação, com uma vida noturna vibrante, marcada pela presença de teatros e cabarés que moldaram a identidade da época.

Protagonizado por Lázaro Ramos, o longa explora a complexidade da vida de João, sua luta contra o preconceito e sua expressão artística desafiadora. Tanto Lázaro quanto Marcélia Cartaxo foram premiados com o Grande Otelo de melhor ator e atriz pela Academia Brasileira de Cinema, consolidando “Madame Satã” como um verdadeiro ícone da cinematografia brasileira. Vale muito a pena assistir!

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